São 01h40min da manha de 25 de novembro de 2011 e, se não estiver enganada, a exatamente 35 dias de um novo ano.

O que faz uma pessoa ficar tanto tempo acordada?

Será que não consegue dormir porque durante o dia teve que lidar com alguém que não conhece o sentindo da gentileza?

Que se preocupa com a realização de um bom trabalho e de uma boa formação?

Que respira fundo e reflete muito em seu percurso diário para não levar problemas de casa para o trabalho ou do trabalho para casa?

Que tenta imaginar os problemas do seu próximo ou se colocar no lugar dele quando este o trata de forma rude, grosseira?

Que esta sempre vigilante com o que fala por saber que as palavras têm o poder de curar ou ferir e que, em um mundo de pessoas com diversas linhas de pensamentos, nunca sabemos se estamos ferindo ou curando?

Que se preocupa com o que vai dividir com os outros a respeito de si para não abrir 100% de seu coração, já que, por melhor que uma pessoa possa parecer, nunca sabemos o que esta em seu coração e que, dos 100% de nosso coração, precisamos guardar pelo menos 30% para ter um pouco de privacidade em uma era que todo mundo “sabe tudo” de todo mundo?

Que sabe que tem que parar e repetir para si que: por mais que corra demais, que trabalhe demais, que acorde cedo demais e durma tarde demais, não é uma maquina e sim humano. E que ainda tem coração, que pode sentir emoção, que pode se machucar e chorar.

E que, se o fizer, não será motivo de vergonha e sim uma prova de que ainda esta viva.

No que diz respeito às preocupações do mundo moderno, ninguém esta sozinho na multidão.

Este mundo que impede que as relações humanas sejam mais “humanas”, reduzindo as amizades e momentos que poderiam ser vividos á comentários nas redes sociais.

Formando amizades virtuais com pessoas que não nos sentem, nem olham em nossos olhos.

Ah internet, serias tu mocinha por aproximar pessoas que estão distante, ou vilã por separar aqueles que estão perto?

Citando bem de longe "Tempos Modernos" de Charles Charplin, fomos seduzidos pelas facilidades proporcionadas pelas maquinas e, por fim, nos tornamos escravos delas.

O mundo inteiro ainda busca pelo progresso. Muitos mataram e milhares morreram em seu nome, e nós, geração presente e futura, nos tornamos seus escravos.